3 de julho de 2010


A rua estava mais solitária do que tudo. Estava escura como nunca havia estava. Estava vazia. Eu andando nela, me sentindo mais vazia ainda...
O personagem que criei estava triste, a mascara dele havia caido há tempos... Ele não sabia mais o que fazer, já tinha tentado de tudo. E nada chegava a lugar nenhum. Cada escolha uma renuncia.
Depois de um tempo, ele decidiu abandonar tudo, jogar tudo que contruiu pra trás, e ele não estava errado. As pessoas não se importavam mais, não o ajudavam, e ainda: ele não fazia nada para mudar.
Passou anos, e ele não esqueceu. Ele jamais se esqueceria daquela imensa rua, vazia, solitária, escura. Ele passou por lá, e ficou por lá mesmo. Sentou-se na calçada, e permaneceu por horas. Lembrou de tudo, de todos os momentos ao lado do amor eterno da vida dele. Chorou. As lagrimas queimavam seu rosto. As lagrimas doiam como uma espada no peito. O coração batia lentamente... E as lembranças cada vez mais forte.
Ele estava perdido, não conseguia levantar, não conseguia parar de lembrar. Ele tirou a foto antiga do seu amor no bolso, e ficou olhando, em silencio, por alguns minutos. Nesses minutos ele criou momentos que não tinha acontecido, esperando poder viver algum dia. Afinal, ela era o amor para sempre dele, o coração dele seria só dela. Mesmo não estando juntos. O amor permaneceu. O sofrimente vinha a cada dia, ele não conseguia fazer mais nada, depois daqueles anos, nada mais fazia sentido, perdeu amigos, familias e o grande amor. A unica coisa que confortava ele, era que em algum dia, eles poderiam se cruzar novamente naquela mesma rua, onde tudo aconteceu, onde todos os dias eles se viam, onde tudo gerou todo esse sofrimento, nessa rua tambem estava toda a saudade acumulada, com a esperança de depois desse 'tempo' ela voltasse, e pedisse perdão.
Essa era a coisa mais esperada. Infelizmente não deu certo. Eles não se cruzaram mais. O coração dele ficou partido, uma metade estava com ele, e a outra, estava com ela. Tinha também um pedaço do coração dela no dele, e isso o deixava bem. O cheiro dela permaneceu nele eternamente.
Esse é um amor que sabe esperar, um amor verdadeiro. Não tem medida. Não tem limite. Não tem barreiras que possa atrapalhar a felicidade dele em saber que metade do seu coração será eternamente dela. Esse amor supera o tempo, supera a distancia, supera as barreiras.
E essa rua continua ali, mas solitária ainda. Esperando que eles possam passar de mãos dadas ali. E eu também, sinceramente espero! Vou ficar esperando, quem sabe os coração só completem novamente.

ENTENDA COMO QUISER! :)
BEIJOS:*

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